terça-feira, 24 de agosto de 2010

my very own twilight saga

É sabido que os vampiros não existem, apesar de todas as recentes referências cinematográficas, televisivas e afins.

É sabido que não há seres imortais e lindíssimos que se alimentam de sangue humano.

É sabido que apesar de na Roménia haver o castelo do Conde Drácula e dizerem que ele raptava as belas e inocentes moças da região, ninguém realmente viu o Sr debruçado sobre as pobres meninas a sugar-lhes o sangue...


Logo, como é do conhecimento geral, os vampiros não existem.

Mas eu digo que sim. Que existem. Em maior número do que se pensaria, podem e andam à luz do sol, não têm aquela pele nívea, nem olhos vermelhos e muito menos se alimentam de sangue...
O seu prato preferido é o coração. Não o orgão em si, porque aí não ia haver grande diferença, mas o coração como aquela coisa que temos algures em nós e que nos faz amar.

Estes vampiros dos tempos modernos, são aqueles e aquelas que vivem fugazmente de one night stand em one night stand. Que saciam a sua fome com um corpo alheio, e que apesar de não deixarem marcas visíveis, não deixam de marcar a sua vitima.

Estes caça corações, sabem-se dissimular melhor que nunca. Sabem conquistar com uma palavra que promete a eternidade (fugaz ou não), e sabem matar com a ausência dela.

Mas no final do dia, são, tal como os vampiros, pessoas solitárias. Caçadores que matam a sua presa pelo prazer do acto.
São resultado dos tempos modernos em que não há tempo para uma conversa e se sacia o prazer de uma companhia com o toque. Com algo tão efémero como uma one night stand. Porque não há tempo para mais e sobrevalorizou-se o sexo.
Só que depois disso, não fica mais nada. As suas presas ficam vazias, e sentem que não têm mais nada para dar - que o coração deixou de bater. Pelo menos por uns tempos...

Porque a coisa boa deste orgão é que ao contrário do real, regenera-se...uma e outra vez...

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