terça-feira, 30 de junho de 2009

Marias e Maneis


Quando um casal se separa, e a notícia se vai espalhando pelos amigos, há uma pergunta que é quase inevitável: mas porquê?!

Esta pergunta está do entanto a camuflar uma outra que só entre aqueles amigos mais intímos é que se faz: quem acabou com quem, i.e. de quem é a culpa?! Muito raramente lá se vai ouvindo que foi de mútuo acordo e que foi cada um para o seu lado, e que estão muito melhor assim. E não tão raramente ouve-se que foi a Maria que deixou o Manel, porque apareceu um Zé, ou que foi o Manel que deixou a Maria porque apareceu uma Ana, e quase inevitavelmente lá fica o Manel ou a Maria de rastos, à espera que o respectivo (ex) lhe apareça em cada esquina que dobra, em cada autocarro que apanha, em cada café que entra.

Nós as mulheres, quando falamos de homens temos a mania de colocar tudo no mesmo saco, e de rotular tudo como cabrões, filhos de uma senhora de reputação duvidosa, os porreiros e os aqueles que por não serem nada do mencionado não nos atraem. E quando um espécime masculino deixa uma amiga nossa de rastos, procuramos logo milhentos defeitos - que apesar de ela não os querer ver - para lhe apontar e para lhe mostrar que ele não era tão bom assim, que ela merece melhor... blablabla! Tudo conta e tudo ajuda...

Mas, cheguei no outro dia à conclusão que a maioria dos homens, gajos, whatever! que deixam alguém de rastos o fazem porque houve uma mulher, uma gaja, alguém! que lhes pediu o coração e depois o pisou, esborrachou e fez doer. Porque quando ainda andamos nestas coisas do amor à pouco tempo, entregamo-nos sem qualquer tipo de travão, damos tudo e esperamos tudo em retorno. E os primeiros namorados são sempre os mais queridos, porque eles ainda não têm a manha que depois vão ganhando e ainda não construíram paredes à volta do coração.Mas depois, depois chega um Zé que é mais giro que o Manel e o coração do Manel leva um chuto de volta e a única coisa que o Manel pode fazer é -lo onde estava e construir uma parede à sua volta para que não volte a cair do sitio.

O pior, o pior é quando chega alguém que está disposto a trocar de corações e quando o Manel percebe que o coração dele está prestes a saltar da caixinha que tinha construído para ele. E, com medo que leve outro chuto, empurra-o para dentro, não o deixa sair e lá fica a nova Maria com o coração dela nas mãos...

E agora, de quem é a culpa?!
p.s. a imagem que coloquei neste post têm exactamente o nome de Manel e Maria e pelo que li são um casal de namorados típico no Minho, são bonequinhos feitos com fios de lã, cartão e tecidos.

2 comentários:

  1. Óptimo estudo antropológico. Não podia estar mais de acordo. Gajas gostam de homens sem coração e abandonam os gajos com coração. os gajos com coração ficam sem ele por causa dessas gajas. as outras gajas que vêm a seguir ficam sem coração por causa deles, ou abandonam outros gajos com coração... É um ciclo vicioso.

    Como é que era? I want my fuckin' heart swed back togheter...

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  2. Olá linda :D

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    Boa Sorte!

    xoxo
    Su
    The Stiletto Effect

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