Mas, pasmem-se! Adorei o filme. Para o género, adorei! Levezinho sem o ser, com uma actriz fantástica, e uma fotografia muito terra-a-terra. E o filme, para quem ainda não percebeu, é o comer, orar, amar .
É daquele tipo de filmes em que podemos extrair o que interessa, e mandar o que não interessa dar uma curva e pensar um bocadinho na nossa vida.
É uma história de facto fantástica, mas sejamos realistas, a conta bancária da Liz Gilbert também o deveria ser. Conheço algumas pessoas - onde me incluo - que num ponto ou outro da sua vida, sentiram que eram um saco oco de ossos e órgãos. Que precisavam de sentir, de conhecer, de ver. e principalmente de encontrarem a sua "palavra". De se encontrarem, de perceberem o seu lugar no mundo, no seu mundo.
Há uma frase lindíssima do filme, e suponho, do livro, que diz qualquer coisa como "deus está dentro de ti". deus, o que quer que seja não é um qualquer ser superior que lies above. É aquilo que temos dentro de nós e que tantas vezes, no mundo em que vivemos, não damos espaço. nem tempo para sair. É qualquer coisa que anda ali, de vez em quando a picar, que a maioria de nós ignora vida fora.
E é claro que um retiro espiritual longe do nosso lugar de conforto, ajuda e muito a encontrar paz dentro de nós. Mas é claro que a grande maioria de nós não o pode fazer. Não num retiro espiritual na Índia, ou em Bali ou onde quer que seja que não a nossa vida do dia a dia. A maioria de nós anda demasiado metida na sua própria vida para sequer ligar àquela que brota dentro dela. Para nem sequer conseguir sorrir com o fígado...
Fica um link para um site com cotações do livro:
http://www.goodreads.com/author/quotes/11679.Elizabeth_Gilbert
e...
pode-se dizer que saí da sala, quase a sorrir com o fígado :)
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