quinta-feira, 25 de março de 2010

O símbolo perdido

Já não é propriamente novidade que os livros do Dan Brown são sempre controversos. São, na minha opinião, sempre um exercício incrível de suspense e de adrenalina. E acima de tudo, são sempre uma bofetada histórica - pelo menos para mim -.


O Símbolo Perdido é o primeiro dos livros, com alguma intenção histórica a se passar nos Estados Unidos, concretamente na cidade de Washington. E a retratar uma realidade que me era desconhecida sobre aquela cidade, sobre o país e sobre uma das irmandades favoritas dos teóricos da conspiração - os Mason.

A base do livro é a mesma que os anteriores "Código DaVinci" e "Anjos e Demónios" . O catedrático Robert Langdon é levado a resolver uma série de enigmas que o põem no trilho de uma antiga lenda masónica que levará ao apocalipse - não ao fim do mundo como erradamente pensamos - mas ao fim do mundo como o conhecemos, à transformação que a humanidade necessita para se tornar em algo melhor. É claro que pelo meio existe um lunático sem escrúpulos, uma directora da CIA implacável e uma cientista ingénua. A mesma receita de sempre, mas que funciona, sempre.

Para além de ser um belíssimo livro de suspense e bater aos pontos uma ida ao cinema, não é por isso que merece a minha atenção. É pelo conteúdo histórico que acarreta, pela quantidade de informação que quer, e consegue passar para o leitor. Pela capacidade de me ter posto a pensar em questões tão pertinentes como: será que a Bíblia é assim uma história tão simples quanto parece? Tão simples como nos é ensinada na catequese (curiosamente desisti da catequese por achar que havia ali muita coisa mal explicada). Tão simples quanto a maioria das pessoas pensa e acredita? Veio reforçar uma ideia que há muito me assombra, que apesar de haver um sem número de religiões, todas elas rezam para o mesmo Deus, e todas elas foram na maioria das vezes mal interpretadas.

É, portanto um livro multifacetado e que agrada a um público imenso. Para quem gosta de suspense e emoção, mas não está muito virado para a parte mais histórica, tem 500 páginas de adrenalina, de uma história muito bem contada e visualmente muito rica. Para quem gosta da emoção de não parar de ler, mas também da emoção de o porem a pensar, tem 490 páginas onde algum tipo de conhecimento é partilhado, e onde o leitor é desafiado a pensar.

Eu pensei, e continuo a pensar... até me deu vontade de ler a Bíblia!

1 comentário:

  1. Agora é k vou ter mesmo de ler este livro! o unico que li ate agora foi o Anjos e demonios e é um dos meus preferidos. e ouvi dizer que o dan brown (boa ou ma noticia nao interessa) ta a escrever o guiao pa adaptaçao cinematografica deste livro.
    quanto à biblia... ja li o Apocalipse. foi a unica parte que li. é bem gira. podes começar por aí... LOl.

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